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Aplicações

Escolher os equipamentos

Gravador | Mesa de mistura | Microfones | Suspensões e protecções de vento | Perches | Emissores / receptores | Escuta assistida | Acessórios

Nas produções em vídeo, o som pode ser gravado directamente na câmara. No entanto, é conveniente a utilização de uma mesa de mistura de forma a facilitar o controlo dos níveis de gravação. Os circuitos de amplificação do sinal dos microfones são muito melhores que os incorporados nas câmaras.
Os camcorders profissionais têm normalmente entradas balanceadas com alimentação, permitindo a ligação directa de microfones de condensador. Algumas câmaras de consumo têm entradas de microfone mini-jack, exigindo um alimentador, misturador ou microfones especialmente adaptados.

A utilização de um gravador de som independente é recomendada para gravação de todo o som directo ou pelo menos de ambientes e sons adicionais. A qualidade de gravação é muito superior e o técnico de som tem maior autonomia para gravar sons adicionais. Os camcorders profissionais têm possibilidade de controlo do código de tempo, facilitando a sincronização do material gravado separadamente. O código incorporado nos modelos de consumo não é programável, pelo que a sincronização pelo código de tempo só é possível mediante a utilização de um gerador de código externo. Mesmo as câmaras profissionais podem desviar-se algumas imagens do código de tempo correcto durante um dia de trabalho, sobretudo nas mudanças de bateria. Para garantir um código rigoroso e sincronizar equipamentos em situações multicâmara, é possível recorrer a geradores de código de tempo separados. Em cinema, a gravação de som é sempre feita separadamente. São utilizados gravadores cuja velocidade é rigorosamente controlada, e a sincronização é efectuada manualmente com "clap" ou através de código de tempo.

O gravador

GRAVAÇÃO ANALÓGICA (mono ou 2 pistas)

SD744Durante muitos anos a gravação de som foi feita analogicamente. Trata-se de máquinas muito resistentes, com grande autonomia e bons amplificadores de microfone. Devem ser rigorosamente alinhados para a fita utilizada e oferecem uma duração limitada de gravação (15 minutos com bobines de 13cm a 19 cm/s). Há versões com código de tempo. Esta é ainda a opção preferida de muitos técnicos. Os métodos usuais de gravação analógica modificaram-se, de forma a dar resposta à dinâmica da gravação digital e do som óptico Dolby SR e Digital. Em primeiro lugar, a gravação a 19cm/s foi abandonada progressivamente a favor da gravação a 38cm/s. Hoje, gravar analogicamente tornou-se uma excepção. Os sistemas de montagem não linear e a necessidade de mais pistas levaram infelizmente ao abandono gradual da gravação analógica. Os gravadores mais utilizados nos últimos anos eram o: Nagra IV S, Stellavox SP 9

Na imagem, Sound Devices 722 e 744T

DAT (2 pistas)

O formato DAT correspondeu a uma fase de transição, estando também hoje ultrapassado. Permite a gravação digital de 2 pistas a 16 bits. A segurança e estabilidade do formato tem sido objecto de discussão. O poucos DATs profissionais com código de tempo e entradas de microfone decentes são Fostex PD-4 e o HHB Portadat. Ambos os modelos deixaram já de se fabricar. A maioria dos modelos de consumo são frágeis e têm entradas de microfone de baixa qualidade, exigindo a utilização de uma mesa de mistura. Alguns modelos de custo intermédio sem código de tempo são por vezes utilizados, como o Tascam DA-P1 e o Sony TC-D10 PROII. Se bem que estes modelos tenham entradas de microfone balanceadas, a utilização de uma mesa de mistura é recomendada. O sincronismo não pode ser garantido para takes longas (mais de 4 minutos). Todos os DATs têm uma autonomia limitada, pelo que devem ser previstas várias baterias para um dia de rodagem.

GRAVAÇÃO 14/24 BITS EM FITA

Os anos 90 viram surgir máquinas com gravação em fita ou DAT que possibilitavam aumentar as possibilidades dos DAT standard. NAGRA D - grava por exemplo 4 pistas em 24 bits em fita de 1/4". A qualidade é excelente, mas a máquina é pesada e de consumo e dimensões razoáveis, pelo que é sobretudo indicada para trabalho em estúdio. A fita digital de óxido de ferro, em bobines de 13cm, 1/4" é distribuida pela Nagra.
STELLADAT II - grava 4 pistas a 16 bits em fita DAT, ao dobro da velocidade linear standard nos DAT. Utiliza cassettes DAT standard.
Estes modelos foram progressivamente substituídos por sistemas de gravação não linear .

GRAVAÇÃO NÃO LINEAR

A utilização simultânea de várias câmaras e de microfones de emissor trouxe a necessidade de formatos de gravação com mais de duas pistas. Uma breve introdução à gravação não linear: O termo fita foi substituído pelo termo "media".

* Não-linear refere-se ao método de gravação e acesso à informação presente nos media. A informação pode ser acedida aleatoriamente, e portanto qualquer gravação está imediatamente acessível para reprodução. A gravação não linear está a substituir a gravação linear em fita pela economia de tempo e custos na pós-produção, e pelo aumento de opções no processo criativo de gravação.

  • Poupar tempo: pode transferir-se 2 horas de 4 ou mais pistas em alguns minutos, com sincronização instantênea do material
  • Multiplas pistas
  • Metadata (informação que pode ser gravada e imbuída em cada take)
  • Segurança (um único gravador pode produzir cópias de segurança)
  • Playback instantâneo de cada pista e take sem receio de apagar o material.

O Fostex DV-40 tornou-se a máquina de pós-produção mais popular para transferir o material não linear, como substituição directa dos DAT Sony 7040, Fostex D-25 e Tascam DA-40, mas muitas vezes os ficheiros são copiados directamente para os discos rígidos utilizados na montagem.

O standard deixou de ser um modelo particular de equipamento, e passou a ser um tipo de ficheiro: BWF (Broadcast Wave File). Apesar de o DVD-RAM ser o media mais utilizado na pós-produção áudio, o standard deixou de ser um gravador ou uma fita em particular. Uma das vantagens da gravação não linear é que o gravador ou o media não são o mais importante, desde que se respeite o formato de ficheiros BWF.

Foram recentemente introduzidos modelos com possibilidade de gravação em Compact Flash ou outras cartas de memória.

No entanto, a lista de equipamentos aqui indicados reúne todas as características de qualidade e fiabilidade exigidas em trabalhos profissionais, bem como todas as opções de sincronização e código de tempo, e gravam ou exportam para BWF.

Modelos como o Sound Devices 788T ou o Aaton Cantar X tornaram-se novas referências. Mais recentemente surgiram também mesas de mistura com capacidades de gravação cada vez mais versáteis

A mesa de mistura

2 VIAS

A solução mais simples, que permite melhorar a qualidade de gravação em vídeo ou com DATs semi-profissionais, é a utilização de pré-amplificadores externos de qualidade ou de uma pequena mesa de mistura de duas vias. São de boa qualidade, mas as opções de escuta e de saídas são geralmente limitadas, pelo que por vezes é necessário prever cabos adequados com atenuadores para compatibilidade total com algumas câmaras.

3 VIAS

As mesas de 3 vias representam um bom compromisso para pequenas produções broadcast ou documentário. Têm opções mais completas e permitem trabalhar por exemplo na configuração perche + 2 emissores.

4 VIAS (OU MAIS)

Os modelos de utilização vertical (ou ao ombro) são na sua maioria de 4 vias de entrada e 2 saídas, dispondo normalmente de entradas de microfone de qualidade, potenciómetros panorâmicos, filtros passa alto, limitadores e várias opções de escuta. Constituem uma alternativa portátil interessante para projectos de pequena e média dimensão que exigem grande mobilidade.

Para projectos mais complexos, como por exemplo ficção com vários microfones e emissores, é recomendada uma mesa de mistura de operação horizontal, com faders lineares. Os modelos de alta qualidade têm normalmente igualizações completas e limitadores por vias, saídas auxiliares, sistemas de comunicação integrados e saídas directas pou por grupos adaptadas ao gravadores miltipista. Como alternativa, vários gravadores oferecem superfícies de controlo com faders lineares.

A ligação entre o misturador e a câmara

A ligação entre as saídas da mesa de mistura em XLR e as entradas da câmara pode ser feita com cabos de microfone, mas esta solução não é muito prática. Como alternativa, pode ser usado um cabo expiralado (extensível até 5m) Ambient HB-302 que agrupa os dois canais em XLR e o retorno de escuta em mini-jack.

Muitas vezes é necessário um link sem fios entre o misturador e a câmara, e podem ser usados sistemas simples até emissores de alta qualidade.

Os microfones

A técnica de base usada na gravação de diálogos é a captação de som com perche, resultando num som natural e respeitando os ângulos e perspectivas de câmara, dando ênfase aos diálogos e registando os ambientes sonoros com nível atenuado. Os micros de lapela dão uma perspectiva indiferenciada de "grande plano". Devem ser utilizados com critério e cautelosamente misturados com o sinal principal vindo da perche. A selecção dos microfones (tal como das objectivas de câmara) e a escolha de um bom operador de perche tem um papel decisivo. Deverão ser seleccionados microfones de condensador de alta qualidade.

Schoeps CCM41lDIRECCIONAIS

O instrumento fundamental na captação de diálogos é um bom microfone supercardióide (sem tubo de interferência), que permita uma captação com clareza e atenue sem coloração os sons captados fora do eixo do microfone. Excepcionalmente, em situações de boa acústica, ou quando se pretenda um ângulo de cobertura maior, pode ser utilizado um microfone cardióide.

Na imagem, Schoeps CCM41L

DIRECCIONAIS COM TUBO DE INTERFERÊNCIA

A direccionalidade deste tipo de microfones "shotgun" aumenta para comprimentos de onda inferiores às dimensões ao tubo de interferência. Assim, permitem uma maior selectividade em exteriores. No entanto, a irregularidade do diagrama polar origina perdas de definição graves e colorações indesejáveis nas vozes em ambientes reverberantes. Por exemplo, o Schoeps CMIT representa um excelente compromisso entre directividade e clareza de sons fora do eixo. Os modelos longos são difíceis de usar em perche e só são usados em casos especiais como na captação de sons em eventos desportivos.

CMXYMICROFONES ESTEREOFÓNICOS

Visite também a página Captação Estereofónica

A gravação de directos e ambientes em estereofonia é feita segundo o princípio de coincidência (X/Y ou M/S) por questões de compatibilidade mono ou com misturas em Dolby SR. O Dolby Digital fez renascer o entusiasmo pela estereofonia de intensidade e fase (ORTF,etc…) para ambientes e música. Estas gravações podem ser efectuadas com um microfone estéreo ou com um par de microfones, mas deve ter-se em atenção a calibração rigorosa na fabrica de ambas as cápsulas. Os sistemas miniatura ou com cabos activos são particularmente interessantes para utilização em perche. Há também microfones M/S particularmente adaptados ao trabalho em som directo.

Na imagem, Schoeps CMXY

MICROFONES DE LAPELA

Todos os microfones de lapela de pequenas dimensões são de tecnologia electret. São geralmente utilizados modelos omnidireccionais, menos sensíveis a ruídos de vestuário, ao vento e à rotação da cabeça dos actores. Os modelos utilizados em ficção devem ser escondidos da câmara e fixados na roupa dos actores. Os microfones mais usados em cinema são os Tram, Sonotrim, Countryman, DPA, Sanken COS-11, Voice Technologies e DPA. Podem ser ligados por cabo (com adaptadores adequados para alimentação 48V) ou por emissor. Uma das características importantes na escolha dos lapela é a capacidade de se misturarem bem com o som captado pela perche. Por este motivo, alguns modelos comuns em televisão e espectáculos (nomeadamente cardióides) devem ser evitados em ficção.

MICROFONES DINÂMICOS

Não necessitam de alimentação e aceitam grandes pressões sonoras sem distorção. Não são aconselháveis para utilização em perche, mas são úteis para gravação de explosões, impactos e vozes de comentário em exteriores.

Beyer 160MICROFONES DE FITA

O micro de fita Beyer M 160 (hipercardióide) foi um clássico na gravação de som para cinema nos anos 60 e 70. No entanto, o elevado ruído de fundo e a dificuldade de utilização exigem um operador de perche experiente. O nível de saída muito reduzido recomenda o uso de um pré-amplificador avançado. Pode ser utilizado em configuração MS com o microfone de fita Beyer M 130 (figura de oito).

Na imagem, Beyer M160

Suspensões e protecções de vento

 

RycoteOs microfones omnidirecionais são pouco sensíveis ao vento e na maioria dos casos só necessitam de uma protecção de espuma. No entanto, os microfones hipercardióides são muito sensíveis aos movimentos de perche, sistemas de ar condicionado e ao vento. Nunca deverão ser utilizados em interiores sem uma protecção de espuma. Em exteriores exigem protecções criando uma zona de ar isolada entre esta e o microfone. Com vento forte necessitam uma protecção de pelo especial. O standard em protecção de vento profissional é o sistema modular da Rycote. No entanto, há que não esquecer as pequenas protecções de espuma ou de tipo "cesto". Cada protecção de vento altera ligeiramente a curva de resposta e direccionalidade do microfone, pelo que se utilizam geralmente as protecções adequadas a cada situação. As protecções Schoeps B5D, W5D, etc... são suficientes para vento moderado, mas em exteriores com vento médio e forte é indispensável uma protecção mais eficaz.

Os microfones também ser correctamente isolados de vibrações e ruídos de manipulação de perche. Há diferentes modelos de reduzidas dimensões para interiores. Também neste caso é fundamental utilizar uma suspensão adaptada ao peso do microfone. As suspensões modulares Rycote são fornecidas com diferentes elásticos de silicone que podem ser adaptados ao peso de cada microfone. Recentemente foram introduzidas as suspensões Lyre no sistema modular.

Mesmo uma suspensão de excelente qualidade não evita a transmissão de ruídos mecânicos pelo cabo de microfone. A utilização de cabos flexíveis é recomendada, ou de acessórios específicos para este fim, como o Rycote ConnBox ou o Ambient Tip Top. Os Kit Modulares Rycote são fornecidos com um Connbox.

As novas suspensões e protecções de vento Cinela oferecem uma protecção excelente. Cada modelo é optimizado para um micro ou par estéreo específico.

Ambient QXA perche

As perches em fibra de carbono substituíram progressivamente as perches em alumínio, devido à sua leveza e resistência. Para documentários, uma perche com cerca de 3,5m é muitas vezes suficiente. Em ficção é usual utilizar uma perche principal com pelo menos 5m e uma perche secundária mais curta. Para detalhes sobre como operar a perche, leia Porquê utilizar uma perche?.

 

Emissores / receptores

Audio 2040Os microfones de emissor dividem-se em diferentes grupos: de mão ou body pack, VHF ou UHF e simples ou diversity. Passamos a analizar cada um destes grupos.

A) Micros de mão e bodypacks
Os modelos de mão tem o transmissor solidário com a cápsula. Utilização: Vocalistas, utilização em palco e reportagem. Os bodypacks são transmissores destinados prioritariamente a serem escondidos no vestuário dos actores, aos quais podem ser ligados micros de lapela, micros convencionais ou mesmo sinal de linha. Utilização: Em ficção, com micros de lapela escondidos no vestuário; ligados ao micro de perche; ligados a micros estacionários no local de filmagens.

B) VHF / UHF
Os modelos VHF utilizam normalmente os canais superiores da banda de televisão VHF. Para evitar interferências é fundamental utilizar frequências que não colidam com canais de TV utilizados na área de captação. Em comparação com os modelos VHF, os modelos UHF são menos susceptíveis a interferências de rádio, e permitem a utilização simultânea de um maior número de canais. As antenas são mais pequenas e de orientação menos crítica. As versões com várias frequências comutáveis são mais versáteis.

C) Simples e diversity
Os receptores diversity comparam o sinal entre dois receptores cujas antenas devem estar colocadas a uma distância superior a 1/4 do comprimento de onda e escolhem automaticamente o melhor sinal, eliminando drop-outs. Há que distinguir entre os modelos que comparam simplesmente o sinal de 2 antenas e os modelos que utilizam dois receptores independentes, designados por "true diversity"

D) Analógicos ou digitais...
É uma questão de escolha, os bons sistemas analógicos não introduzem delays e têm um consumo mais baixo. Teste antes de optar.

Escuta Assistida

Em muitas produções é necessário dar escuta de boa qualidade sem fios ao produtor, realizador, anotadora, etc. Os sistemas Comtek Pro-Listener ou os Comtek multifrequência, com compressão expansão e grande autonomia são solução de boa qualidade, resistente e de fácil utilização. Também podem ser usados para enviar uma ligação de referência sem cabo para o combo ou para a câmara. Para escuta de muito alta qualidade, o sistema mais utilizado é o Lectrosonics IFB. Os Audio Ltd En2 podem também ser usados para escuta assistida de excelente qualidade.

OrganizerAcessórios

 

A organização do material é fundamental para uma rodagem tranquila. É importante prever todos acessórios (cabos, adaptadores, auscultadores, etc...) de boa qualidade e em perfeito estado de funcionamento. A forma de dispor os equipamentos também ajuda a ser rápido e preciso. Por exemplo, os sacos da KTS e Kortwich permitem ser interligados, de forma a que todos os equipamentos possam ser facilmente transportados e operados de forma lógica. Em rodagens com muito material, um carro de som como o Trakker pode ser indispensável. Por vezes convém prever um sistema de alimentação centralizado para todos os equipamentos, de forma a poupar pilhas e a evitar o "stress" constante de controlar a carga da alimentação de inúmeros equipamentos.